Mais da metade (53%) dos moradores do Nordeste acreditam que os eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades e calor ou frio intensos, serão mais fortes nos próximos 5 anos, sendo 8% extremamente mais fortes e 45% muito mais fortes. Os dados são da pesquisa “A visão do Nordeste sobre mudanças climáticas”, feita pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
Outros 20% entendem que serão moderados, 10% menos fortes, 4% muito menos fortes e 12% não souberam ou não responderam. A perspectiva mais pessimista é mais comum entre quem tem ensino superior (16%) e renda familiar acima de 5 salários mínimos (22%).
Em relação a 2024, 57% dos nordestinos responderam que esses eventos foram piores que o normal, sendo 11% muito pior. Outros 25% consideraram igual, 12% melhor que o normal, 3% muito melhor que o normal e 3% não souberam ou não responderam. Os moradores de capitais (17%) e pessoas com ensino superior (20%) registraram as piores percepções.
Entre as mudanças percebidas, 96% citaram aumento de temperatura, 90% menos chuva e 83% secas mais graves. O indicador da estiagem chega a 86% entre os moradores do interior e para quem tem renda familiar de até um salário mínimo.
Metade (49%) acredita que as mudanças climáticas são um grave problema, mas não uma crise; outros 27% consideram uma crise; 10% um problema menor; 9% nenhum problema e outros 5% não souberam ou não responderam.
O entendimento de que vivemos uma crise climática é mais recorrente entre mulheres (31%), jovens de 16 a 24 anos (35%), pessoas com ensino superior (39%) e aqueles com renda acima de 5 salários mínimos (38%).
“A pesquisa mostra que os nordestinos estão preocupados com as mudanças climáticas e têm sentido com eventos extremos, como as altas temperaturas e as secas, com destaque para a população mais pobre e do interior. Os dados também revelam uma percepção mais crítica entre os brasileiros com maior escolaridade”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.
O entendimento de que o estado onde mora está passando por mudanças climáticas é de 90%. Outros 8% negam esse cenário e 2% não souberam ou não responderam.
Metodologia
Foram 1.216 entrevistas no Nordeste, entre 12 e 17 de dezembro de 2024. A margem de erro no total da amostra em cada região é de 3,5 pp, com intervalo de confiança de 95%.
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